O «Quinto Poder»: subsídios para o estudo da imprensa portuguesa no final da monarquia constitucional

Miguel Ribeiro Pedras

Neste artigo procurou criar-se uma súmula sobre a História da Imprensa portuguesa no final do século XIX e princípios do século XX. Aqui pretendemos revelar a importância da imprensa finissecular, que conquistou um espaço singular no quotidiano de uma sociedade que se formava cultural, política e até moralmente através das páginas dos jornais. De como esses mesmos periódicos eram manipulados pelos detentores do poder político e do poder financeiro, fosse para captar votos e simpatias partidárias, fosse para lucrar. E de como a lei era usada como arma para restringir a liberdade de imprensa. Para este trabalho, que se enquadra num período cronológico que corresponde, sensivelmente, aos reinados de D. Carlos (1889-1908) e D. Manuel II (1908-1910), reuniu-se aquilo que de mais relevante se escreveu sobre esta matéria. Procurámos construir um texto historiograficamente cuidado, onde se expõe os principais conceitos e mais relevantes temáticas deste tópico, com o intuito de fornecer ferramentas a conhecedores, mas fundamentalmente a desconhecedores da História da Imprensa, para que sobre ela possam reflectir e trabalhar.