O MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO NA CONSTRUÇÃO DA FERROVIA TRANSNORDESTINA: DESAFIOS METODOLÓGICOS NO LICENCIAMENTO DE PROJETOS DE GRANDE EXTENSÃO

Luciana Bozzo Alves, Luiz Antonio Pacheco de Queiroz e Catarina Menezes Ferreira

Neste artigo, apresentamos os desafios metodológicos surgidos durante o monitoramento arqueológico realizado no âmbito do Programa de Gestão do Patrimônio Arqueológico da Ferrovia Transnordestina, empreendimento de grande porte, que quando finalizado, interceptará três estados brasileiros: Piauí, Pernambuco e Ceará, todos localizados no nordeste do país. Os procedimentos desenvolvidos durante o planejamento das pesquisas e sua imbricação dentro das ações do monitoramento são discutidos com o fim de mostrar a importância da busca por meios adequados para a gestão arqueológica. Como estudo de caso, a fim de apresentar os caminhos percorridos e os resultados alcançados, destacamos a pesquisa finalizada do Trecho Salgueiro – Trindade/ PE em que parâmetros propostos para uma melhor qualidade da gestão do patrimônio arqueológico produziram resultados significativos. Tal etapa da modalidade da arqueologia preventiva é imprescindível em obras civis de grande porte, pois contribui de forma eficaz para a produção do conhecimento com a identificação de novas evidências e a possibilidade de refinamento dos contextos arqueológicos já trabalhados em etapa anterior do licenciamento.