A corrente pós-processualista marcou indelevelmente a interpretação dos vestígios arqueológicos, ao procurar ler o registo arqueológico para além da evidência material. A ligação com a antropologia produziu as principais linhas orientadoras do seu pensamento, destacando-se a semiótica como um dos principais campos de estudo, ao garantir a aplicação da significação dos signos aos objectos, com base no estudo do intercâmbio de ideias pela actuação do Homem na sua esfera social. O presente trabalho tem como objectivo aplicar os conceitos de semiótica na arqueologia funerária, com particular foco na ritualização da morte na Idade do Bronze do Sudoeste português. A partir de uma exposição do tema em forma de recensão, significado e símbolo funcionarão como os principais métodos de análise para compreender a cultura de um grupo. Palavras-chave: Semiótica; Arqueologia funerária; Idade do Bronze; Sul de Portugal