Neste estudo pretendo discutir alguns caminhos tomados pela agenda patrimonial brasileira. Numa abordagem revisionista trago algumas evanescências sobre os conceitos de cultura e de patrimônio, na sequência revisito o passado da agenda patrimonial, tendo como ponto de partida os anos trinta. Na terceira parte trabalho com algumas políticas públicas que gerem o campo do patrimônio brasileiro e por fim, proponho algumas perspectivas futuras para esta agenda, ainda que de modo bastante incerto, tendo em vista alguns enclaves que os técnicos que trabalham na área sofrem cotidianamente. A fim de debater uma conexão entre o que é cultura e patrimônio hoje e o planejamento urbano das cidades, trago à tona a problemática dos equipamentos urbanos, como teatros, cinemas, auditórios, que ou se tornaram ruínas urbanas de outros tempos históricos ou foram patrimonializados, ganhando novos usos na urbe. Por ora, o que se conclui é que tendo em vista o passado da agenda patrimonial brasileira, os bens culturais tidos como patrimônio, muitas vezes, ficam nas mãos de agentes políticos e/ou da elite, deslegitimando os grupos sociais que realmente deveriam ser empoderados para gerir e cuidar destes bens.