Entre o final do sec. XIX e meados do sec. XX, o mundo presenciou a elaboração de diferentes teorias, apoiadas pelas ciências humanas e biológicas, que sustentaram a legitimação de comportamentos humanos racistas e discriminatórias como consequência de processos de hierarquização, tidas como naturais e irrefutáveis inerente ao evolucionismo seletivo. contudo, existiram pesquisadores, como Franz Boas, que atuaram ativamente na desconstrução dessas teorias comparativas, por meio de práticas científicas pautadas na observação e na abordagem de novas correntes interpretativas, como o historicismo, sendo decisivo na ampliação dos horizontes acadêmicos. Entretanto, apesar de passados mais de 70 anos do processo de desconstrução das teorias racistas comparativas, ainda é possível observar vestígios dessa incorporação dos ideais discriminatórios na memória social conduzindo ações em diferentes esferas.