O Testamento do medicus Pacensis

José d’Encarnação

Traça-se um panorama do que foi, até ao momento, a investigação levada a efeito sobre o verdadeiro significado desta sugestiva epígrafe. Procura-se, na segunda parte, propor uma interpretação que traz de inovador: 1) o facto de se optar pela atribuição ao medicus da oferta não de dinheiro nem de vinho mas sim do próprio altar; 2) a demonstração de que não estamos perante um fenómeno de interpretatio e o deus Esculápio é mesmo, portanto, a divindade romana; 3) a ideia de que Ianuarius agradece o privilégio de lhe ter sido concedida a honra de presidir às festividades; 4) a resolução – de forma que se crê definitiva – da leitura da linha 9, reconstituindo aí a palavra quinquatriduum.