Ao dialogar com o conhecimento produzido na história sobre a categoria do patrimônio cultural, este trabalho se dedica a analisar a criação do grupo folclórico da Casa dos Açores de São Paulo, dando ênfase à preservação e à conservação desse tipo de representação cultural dos imigrantes açorianos no Brasil, moradores da Vila Carrão, Zona Leste da cidade de São Paulo. A proposta versa sobre como buscam garantir o elo com o passado, por meio das atividades do grupo folclórico, ao manterem as identidades e (re)invenções dos valores, normas e costumes do passado na implementação das atividades do grupo, suas danças, músicas, vestuário e ornamentação. A reflexão versa também sobre o fenômeno de patrimonialização dessa atividade enquanto um elemento constituinte tanto do imaginário do grupo para si quanto para a sociedade. A análise perpassa a formação do grupo, por meio da História Oral, utilizando-se de seus depoimentos e experiências que representa a institucionalização das identidades dos açorianos e seus descendentes. Palavras Chave: Identidades culturais, patrimônio cultural, grupo folclórico, Casa dos Açores de São Paulo.